Postado em 19/out/2023
“Conforme já divulgado, uma equipe designada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fará, de 25 a 27 de outubro, uma avaliação de recredenciamento da UFV, para que ela possa continuar oferecendo cursos presenciais de graduação e pós-graduação. Essa avaliação, obrigatória para todas as instituições de ensino superior, é realizada periodicamente pelo Ministério da Educação (MEC). A última da UFV aconteceu, presencialmente, em 2009, quando a instituição obteve o conceito 4, em uma escala que vai de 1 a 5. Desde então, a Universidade vem sendo avaliada por outros instrumentos utilizados pelo Inep, como o Índice Geral de Cursos (IGC), no qual a instituição obteve, nos últimos anos, repetidamente, o conceito máximo 5.
Desta vez, o processo será virtual, tendo como base os padrões de qualidade para a educação superior expressos nos instrumentos de avaliação do Inep e nos relatórios internos elaborados pela Comissão Própria de Avaliação (CPA). Será feita uma análise detalhada em torno de cinco eixos: planejamento e avaliação institucional; desenvolvimento institucional; políticas acadêmicas; políticas de gestão e infraestrutura. Em muitos deles, a Universidade registrou avanços significativos em relação a 2009, a começar pelo planejamento e avaliação institucional. Além de maior interação da CPA e de suas subcomissões com a comunidade universitária e da transparência na divulgação de seus relatórios, se comparada à avaliação de 14 anos atrás, a Comissão vem coordenando ciclos de autoavaliação que auxiliam as gestões da Universidade no planejamento de ações.
Mobilidade e acessibilidade
Moradias estudantis receberam adaptações para melhor mobilidade e acessibilidade
Nos três campi da UFV houve grandes avanços, por exemplo, na infraestrutura física, para atender à ampliação de cursos e atividades, e também no que diz respeito à acessibilidade, aspectos que nem sempre foram avaliados positivamente pela comunidade no passado. Obviamente, que ainda há fragilidades e necessidades a serem atendidas, que dependem também de fatores externos, mas a promoção crescente da mobilidade e acessibilidade na Universidade é um fato. Ela se revela, por exemplo, na criação da Unidade Interdisciplinar de Políticas Inclusivas, que oferece apoio técnico e educacional a alunos com deficiência; na adaptação de edificações e de espaços, inclusive nas moradias estudantis; na instalação de elevadores e de faixas elevadas para pedestres e rampas de acesso.
A construção da ciclofaixa do campus Viçosa também era uma reivindicação antiga da comunidade universitária, revelada na autoavaliação institucional, que foi atendida, assim como a disponibilização de um ônibus, o “capivarão”, para realizar o deslocamento de estudantes e servidores até as proximidades dos restaurantes universitários no horário do almoço. Em 14 anos, desde a última avaliação externa de recredenciamento, os campi receberam novas edificações e passaram por reformas para atender às suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação.
A ciclofaixa era uma reivindicação antiga da comunidade universitária
As obras incluíram ainda os restaurantes universitários. Os três campi receberam novos restaurantes, o que ajudou a diminuir filas e oferecer mais conforto aos usuários. Eles passaram a oferecer, inclusive, alimentação vegetariana. Houve também reformas expressivas das moradias estudantis de Florestal e Viçosa; em Rio Paranaíba os estudantes recebem auxílio-moradia. Todas as melhorias aconteceram visando ao fortalecimento da política de assistência estudantil que, tradicionalmente, sempre diferenciou a UFV.
De 2009 para cá, em parceria com diferentes órgãos internos e externos dos campi, foram criados novos programas e projetos destinados à assistência, saúde e qualidade de vida da comunidade universitária, que abriram mais possibilidades de oferecimento de bolsas e auxílios financeiros. Esses benefícios foram expandidos por meio de projetos de ensino, pesquisa e extensão, que se mantiveram mesmo com os cortes orçamentários dos últimos anos.
As melhorias incluíram também os restaurantes universitários
Ensino, pesquisa e extensão
Todas as ações implementadas integraram – e ainda integram para aprimoramento – as metas e os objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), em torno do qual representantes dos diversos setores e órgãos se reúnem periodicamente. O PDI é um instrumento de planejamento e gestão, norteador das decisões e ações institucionais, que também faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. A comissão do MEC fará a avaliação externa no momento em que a UFV está em processo de elaboração do PDI relacionado ao período de 2024 a 2029.
Contudo, ao acessar o documento referente a 2018-2023, os avaliadores poderão conferir, por exemplo, que o modelo de gestão administrativa multicampi foi estabelecido e que 80% do Projeto Pedagógico Institucional já foi elaborado, assim como a atualização dos projetos pedagógicos dos cursos. Houve também uma reformulação e aperfeiçoamento do Programa de Tutoria em disciplinas das Ciências Básicas e do modelo de avaliação do desempenho docente.
No que diz respeito à pesquisa, foi registrado um aumento no número de programas com conceitos 6 e 7 e no oferecimento de programas de pós-graduação stricto sensu, bem como de mestrado profissional. Quanto à extensão, foram implementadas ações para facilitar e impulsionar o envolvimento da comunidade acadêmica nessas atividades. Dentre elas, destacam-se a criação do Núcleo de Apoio a Programas e Projetos de Extensão e o desenvolvimento de mecanismos para o aumento quantitativo e qualitativo dos programas de extensão.
Os três campi ganharam novas instalações para atender à ampliação de cursos e atividades
Os avanços são muitos envolvendo os cinco eixos avaliados pela comissão. No que diz respeito ao desenvolvimento institucional, é importante lembrar os investimentos em sustentabilidade, que fizeram a UFV, em 2020, ser considerada a sétima instituição de ensino superior mais sustentável do Brasil. Nesta área, especificamente, destaca-se a criação do Programa de Eficiência Energética da Universidade, que, dentre outras ações, tem envolvido a construção de usinas fotovoltaicas nos três campi, e também a coleta seletiva de resíduos, com o encaminhamento deles para reciclagem e compostagem.
Com relação à política de gestão, os avanços se revelam, por exemplo, no fato de a Universidade ter saltado da 283ª posição para a 8ª no Índice Integrado de Governança e Gestão Públicas (iGG), entre 2018 a 2021, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). Entre as Instituições Federais de Ensino Superior do país, em três anos, ela saiu da 27ª posição e foi para a quinta.
A Universidade fortaleceu a inovação, especialmente por meio de ações do Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoParq), investiu em um novo Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e adquiriu licenças do Google Workspace for Education Plus para que a comunidade acadêmica dos três campi tivesse acesso a diferentes recursos interativos e armazenamento seguro.
A avaliação externa para recredenciamento não é um instrumento para se avaliar a gestão administrativa da instituição, como lembra a pró-reitora de Ensino, Cristiane Baquim. “Não é uma foto do presente, mas um filme dos últimos anos, de como a Universidade se comportou em relação a ela mesma, desde a última avaliação”. Ela reconhece que ainda há desafios a serem vencidos, o que é natural e faz parte do processo de constante aprimoramento. “Pensar o passado e avaliar como o presente está sendo conduzido para garantir o futuro da instituição é o que deve ser considerado”.
O desejo da UFV nesta avaliação, conforme a pró-reitora, é superar o conceito 4 obtido em 2009 e repetir a nota máxima 5 que a instituição tem garantido no IGC. Ela lembra que o cinco “não é somente um indicador quantitativo; ele também sinaliza a qualidade da instituição em diversos aspectos. Este é um momento importante para toda a comunidade”, avalia.”
Fonte: Divulgação Institucional
Acesso: 19/10/2023